The Luxembourg Series 1
Antes de nos mudarmos para o Luxemburgo, uma das conclusões a que cheguei foi que… não sabia nada sobre o Luxemburgo! É claro que já tinha ouvido as histórias do incrível número de emigrantes portugueses que foram aqui chegando desde meados dos anos 60 ou de como o país foi (é?) considerado como um paraíso fiscal mas não sabia nada sobre a geografia, a cultura, os costumes ou as pessoas.
Considero-me uma pessoa bem integrada e, apesar de não saber falar Luxemburguês, arranho as outras duas línguas oficiais do país e por isso sempre arranjei um meio de me fazer entender. Aprendi a gostar das tradições, espero ansiosamente pelos eventos culturais, já sinto saudades quando passo mais de uma semana longe daqui. E então, resolvi começar uma série de posts onde me proponho a falar sobre o que sei sobre o único Grão-Ducado do mundo. Os posts vão ser acompanhados pelas belas fotos do Mário, que tão bem tem documentado o que é viver aqui e que, talvez inconscientemente, tem também documentado as profundas transformações que a capital tem sofrido nos últimos anos, especialmente a nível arquitectónico e de vias de comunicação.
Estes posts vão de certeza incluir: salsichas, vinho espumante, uma língua tantas vezes impossível de decifrar, centenas de nacionalidades diferentes, uma panqueca de batata, alguma inflexibilidade, caras carrancudas, muitos caminhos pela floresta, multilinguismo, pontos nos quais se cruzam três países, planaltos a perder de vista. E no final, a medição do sucesso é simples: pelo menos uma pessoa vai ficar com vontade de cá vir!